domingo, 30 de outubro de 2011

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                         Tristeza não tem fim. Felicidade sim.
                     

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Ando precisando de abraços, de calor, de vida.  Nada e mim faz sentido. Escrever já não é mais tão prazeroso e aliviador quanto era no inicio. Me sinto vazia, a um passo do abismo. Já não tenho asas pra alcançar o céu, no lugar delas estão as cicatrizes para me lembrar o quanto brutal é sua ausência. É frio aqui, quase que congelante. Mas sabe quando isso não passa com um coberto e uma xicara de café? Quando o frio é por dentro, e ter que viver com a sensação de ter uma pedra de gelo no lugar do coração, é sufocante.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

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Por que o medo, menina? Porventura não se acostumaste a pisar em espinhos, escrever errado, prender o choro no travesseiro pro som não sair? O que anda acontecendo contigo? Passas a noite chorando e debruça-se sobre a dor a fim do quê? Saia do casulo, ande. Pule a barreira, beije o céu, deixe de ser assim - e sei que é difícil -, mas o mundo te aguarda, o jardim clama, o passarinho da flor de lótus que canta aqui também. Por que o medo? O pisar em falso, o falar sussurrando, o medo de amar? O amor é coisa boa menina, é coisa de dentro, é canto, poesia, lirismo. Doer dói, mas faz bem. Alivia, compreende, pega pra si. O amor nos pega pra ele sabia? Pois bem, menina, se desprenda do medo, venha viver, saia da sua barreira, da sua cama, do seu choro e venha exalar a beleza do detalhe que é viver. Clichê, não? Mas é preciso que tu se enchas dele, amor é isso, travesseiro molhado, punhos feridos, alma doida.

(Igor )
                               Os corpos vão, as dores ficam.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sou uma ótima companhia para mim mesma, adoro ficar sozinha, lendo, escrevendo ou fazendo o meu nada. Prefiro me afundar em mim a ter que ouvir gente falando merda ou contando vantagem.

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Morria de medo de ser pequena, de ser pra sempre assim, torta como havia sido até então. Morria de medo de ser aquela lembrança, aquele nome escondido na memória de alguém. Morria de medo de não vingar na vida. De ser aquela piada que ninguém entendeu. Morria de medo, de não poder voltar atrás. De não poder seguir á diante. Morria de medo do tudo e do nada, que havia embaixo da cama, por de trás dos sonhos, dentro das pessoas. Morria de medo da vida, Mas apesar de tudo insistia.

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Quase novembro, a ventania de primavera levando para longe os últimos maus espíritos do inverno.
— Caio Fernando Abreu 

domingo, 23 de outubro de 2011

Vai Passar



Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como “estou contente outra vez”. Ou simplesmente “continuo”, porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como “sempre” ou “nunca”. Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como “sei que vai passar”. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.
Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais. Fumarás muito, também, e talvez até mesmo te permitas tomar alguns desses comprimidos para disfarçar a dor. Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando à tua volta a paisagem de todo dia, sentirás atravessada não sabes se na garganta ou no peito ou na mente - e não importa - essa coisa que chamarás com cuidado, de “uma ausência”. E haverá momentos em que esse osso duro se transformará numa espécie de coroa de arame farpado sobre tua cabeça, em garras, ratoeira e tenazes no teu coração. Atravessarás o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante a fazer. E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços.
Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.
Tão longe ficou o tempo, esse, e pensarás, no tempo, naquele, e sentirás uma vontade absurda de tomar atitudes como voltar para a casa de teus avós ou teus pais ou tomar um trem para um lugar desconhecido ou telefonar para um número qualquer (e contar, contar, contar) ou escrever uma carta tão desesperada que alguém se compadeça de ti e corra a te socorrer com chás e bolos, ajeitando as cobertas à tua volta e limpando o suor frio de tua testa.
Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis. 
Depois repetes, muitas vezes, como quem masca, ruminas uma frase escrita faz algum tempo. Qualquer coisa assim:
- … mastiga a ameixa frouxa. Mastiga , mastiga, mastiga: inventa o gosto insípido na boca seca … 

  Caio Fernando de Abreu

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Você pode estar longe dos meus olhos, mais nunca estará longe dos meus pensamentos.

sábado, 22 de outubro de 2011

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Não pedirei que venhas.
Se é aí que queres ficar, fica. 
Não vou te chamar, muito menos te puxar.
Estou cansada dos teus joguinhos que ainda nem aprendi a jogar. 
Estou desacreditada desse amor torto, cheio de vontades tuas. 
Minhas forças ( e talvez minha paciência ) acabaram.
 Fica aí.

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Existem dezenas de razões para estar triste, centenas para chorar e milhares para desistir. Mas existe uma unica razão para continuar: Você

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

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Tão fria, tão seca, tão insensível… Tão outra. Vivia assim depois de ter seu coração quebrado… Quebrado em vários pedaços.
Quem a vê hoje não consegue aceitar o que ela se tornou. Todos se perguntam; a onde está aquela doce e pequena garota a quem conheci meses atrás? Ela está sem sentimentos, já não era a mesma. Respondia secamente. Coitada, se mostrava tão forte.
Mal sabiam que atrás daquele seu novo coração, gelado, furioso, haveria ainda, a doce e pequena… Era até difícil de acreditar que ela ainda estava lá… Escondido, isolado… Mas ainda estava lá.
Ela pegava-se noites chorando, noites de amargura… Se sentia em paz apenas quando dormia. 


C.F

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

“Está tudo tão monótono, chato, desanimado, nada mais tem graça, tão enjoativo, tão repetitivo.. já não aguento mais pra falar a verdade. O que antes tinha sentindo hoje já não tem mais, é assim que anda minha vida, bagunçada, complicada, “do lado ao avesso”, desarrumada, desmoronada. Não só minha vida com eu também. Me perdi do meu rumo, estou perdida totalmente perdida, e em busca de algo que realmente tenha sentindo, talvez nem eu saiba exatamente o que é. Exausta. Já não suporto mais, todos os meus dias iguais, sem rumo.. ás vezes até durmo na intenção de acordar e ver que tudo mudou, de que minha vida, passou para melhor.. mas nada muda, tudo continua o mesmo. Enjoado. Ás vezes cansa.. e eu cansei.”

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Uma parte de mim é todo mundo:
outra parte é ninguém: fundo sem fundo
Uma parte de mim é multidão:
outra parte estranheza e solidão.
Uma parte de mim pesa, pondera: outra parte delira.

— Ferreira Gullar

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

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Apreciava a solidão, pois era nela que encontrava abrigo, aconchego e paz.
Gostava da solidão, porque era ela quem acompanhava-me, era ela quem mostrava-me as coisas mais belas e, também, as mais obscuras.

Analogia:

- Já andou de trem, pequena?
- Nunca.
- Então como falas tanto deles se nunca sentiu o cheiro da estação, cheiro de gente, cheiro de vida, tédio, preguiça, e vontade? Como falas de trem se nunca entrastes em um?
- Já amou, gigante?
- Não.
- Pois bem: Nunca andei de trem, mas sei como são as coisas ali dentro, só não as vi... Nunca andei de trem mas sei que normalmente ele vem lotado, mas que, mesmo cheio de gente, ali sempre é vazio.
- E o que quer dizer?
- Que amar e andar de trem é a mesma coisa. Demora a chegar mas acaba rápido...
E mesmo com uma pessoa do lado você se sente vazio, porque sabe que a outra pessoa também não se preencheu, que ambos estão esperando por algo que nenhum dos dois vai poder dar.
- E o que seria, pequena?
- Tu esperas que eu ande de trem, e eu espero que tu me ames... Complicado, não?

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Não se iluda com o que sai da boca, o que realmente importa sai do coração!

domingo, 16 de outubro de 2011

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Quando você menos esperar, vai acontecer algo na tua vida que a mudará completamente. E esse momento vai ficar marcado na tua memória pra sempre. Sejam boas ou ruins, mudanças são necessárias


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Eu to com você nessa, e vou até o fim!

sábado, 15 de outubro de 2011

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Vivo rodeado de pessoas. 
Mas quando estou triste,
 parece que o mundo some.

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É incrível como um simples sorriso é capaz de esconder tantas coisas

 O olhar não!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

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Não pergunte se estou bem, me abrace. Não digas que sumi, fale que sentiu minha falta. Não me dê tchau, peça para eu ficar mais um pouco; e eu não quero um “eu também te amo”, prefiro o “eu te amo mais.

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Às vezes, quem menos demonstra é quem mais sente.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

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Eu não consigo contar a ninguém sobre o que aconteceu.
Quando começo a falar tenho a impressão que alguém voltou as páginas do meu passado só para ver se ainda doía.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

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Sabe aquela sensação de estar oca por dentro? Sabe quando você se sente vazia e sozinha. E quando parece que nenhum abraço e nenhuma palavra vai te acalmar, mesmo que venha de alguém de extrema importância. Bom isso descreve perfeitamente como estou agora.

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“Virava pra lá e pra cá na cama. Estava impaciente. Até me sentei no escuro. Pensei: Não era uma posição o que eu procurava. Era você…”

Caio Fernando Abreu



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- Seu sorriso sumiu, o brilho dos teus olhos também ... O que foi?
- Nada.
- Nada?
- É como eu me sinto ... Um nada.

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Sentia-se pequenina, só, perdida dentro do cobertor, aquele tremor que não era frio nem medo: uma tristeza fininha como as agulhas cravadas na perna dormente, vontade de encostar a cabeça no ombro de alguém que contasse baixinho uma história qualquer.

— Caio Fernando Abreu

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Hoje eu acordei com um gosto amargo na boca. Vontade de ir embora, esquecer essa vida mesquinha e conseguir voar mais alto.

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Um litro de tristeza para cada desilusão. Um litro de saudade para cada ausência. 
Um litro de arrependimento para cada palavra dita sem pensar. 
Um litro de mágoa para tudo o que ficou guardado no peito.

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É quando os olhos já estão completamente marejados. Quando as lágrimas salgadas deslizam ao encontro do chão. Quando os músculos são como madeiras velhas, frágeis e sem força. E cada passo a frente tem o peso de uma tonelada jogada por cima das costas. Cadê razão, cadê sentido, cadê propósito. O tempo apaga as fotos que a mente restaurou. O vento carrega o perfume que o corpo guardou. E o chão abre os braços pra receber as lágrimas escorridas. A vida é urgente, é agora, é exigente. Não espera a recomposição. Mal termina de beber a amargura do inesperado e já vem lhe trazendo mais uma dose. E vem depressa, correndo, voraz. Mesmo quando se tem vontade de parar. Mesmo quando não tem mais estímulos pra continuar. Lá vem ela com um punhado de surpresas. E eu me levanto, tremendo da cabeça aos pés, com cada centímetro do corpo arrepiado, sentindo ânsia e desânimo. Levanto-me porque ficar aqui parada não me agrada. Por mais que levantar não seja a melhor ideia. Levanto-me porque já sentei demais. E a vida não sentou comigo, não aceitou meu chá, não quis descansar. Enquanto eu estava aqui empacada, ela continuava, sem me esperar. Então me levanto. Porque já não me agrada sentir os olhos rasos a todo momento. Preciso reagir. Se é que já agi alguma vez. Preciso agir.

domingo, 9 de outubro de 2011

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Desacreditou um pouco, mas pediu a Deus assim mesmo. Queria partir sem saber para onde, mas estava certa de que não queria permanecer ali. Via promessas sendo quebradas, pessoas se perdendo ao longo do caminho, via as coisas tomando um rumo, que não a agradava, não a fazia bem.
O tempo passou, mas os erros são os mesmos. Águas passadas, não movem moinhos.
Não a condene. Algumas coisas tem saído errado, não é assim que tem que ser. Ninguém sabe, mas ela tem cicatrizes que a vida fez, e ainda faz.Mudou seus costumes, às vezes acredita, mas às vezes não.

Tem sido assim, pela metade. E se tudo tem que terminar, que seja pelo menos até o fim. 

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“Garçom que dose de mentira você tem?” -Temos ‘eu te amo’, ‘nunca vou te deixar’, ‘eu quero você comigo’ e também temos uma que anda saindo bastante: ‘pode confiar em mim’.

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Poderia doer menos, mas vai passar. Você pensa que não vai caber no peito, mas passa. Tudo passa.Passou tanto tempo e eu ainda te sinto aqui. Dói. Dói, dói, dói tanto. Mas passa. Tudo passa. E quem sabe um dia você ainda passe por aqui.

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Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma segurança.
Invento historinhas para mim mesma o tempo todo, me conforto, me dou força.
Mas a sensação de estar sozinha não me larga. Às vezes sonho que você está
comigo, parece pouco, mas me deixa inquieta. Eu estou cheia de ficar triste,
esgotada querendo que você estivesse aqui. Eu sempre convivi bem com a solidão, mas já estou exausta.
E me pergunto se, quem sabe um dia, na hora certa, nosso encontro pode acontecer inteiro

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É tão difícil quando aquilo que te inspira a 
escrever é o que você deveria lutar para esquecer.





sábado, 8 de outubro de 2011

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Triste quando termina sem ponto final. Botam-se as reticências, deixando tudo morrer devagarinho… Mas ainda fica ali, aquela sensação de tem mais? Continua!

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Todo aquele pesadelo tardava a passar. Gritava entre quatro paredes, e não era ouvida. Pesadelos atormentavam minhas noites mal dormidas, e implorava ajuda à Deus. Adoraria olhar a ti, meu bem, e dizer: “És passado, já foi”, mas sou impedida de dize-lo isto, pois não digo nada além da pura verdade a ti. Tudo isto continua acontecendo, mas conto às pessoas que não. Prometo-as coisas que sei que serão impossíveis cumprir, mas não tenho remorso. Promessas nunca foram realmente prometidas para mim, apenas serviram de consolo.

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— Qual a sua experiência?

— Pessoas.

— Você lida bem com elas?

— Eu as perco muito bem.


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Estou me deixando de lado, me ferindo com espinhos, pisando em ponta de facas.
Estou esmorecendo, palidecendo, morrendo, sei lá. O amor que me insultou, me jogou com força na parede, me bateu, feriu. Senti. Senti que cada vez que ele se aproximava eu tinha que correr, correr dele para não me machucar ainda mais; feito flor, que se fecha toda quando a chuva vem

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E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?

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No fim você coloca um sorriso no rosto e finge que é sincero, até que a vida o faça realmente ser.