segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

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E mesmo rodeado por milhões de pessoas, talvez eu ainda me sinta totalmente sozinho.

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Agora, ele é só um sorriso que 
se esconde antes de realmente anoitecer. 
E quando aparece lá no alto, com o seu 
poder imperativo de me soprar saudade, 
eu posso compreender… 
A lua vem cantar teu nome, sacro-anjo.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

QUANDO A SAUDADE DESTRÓI O CORAÇÃO



    Já faz tanto tempo e eu continuo a escrever sobre você, chorar de saudades enquanto escuto nossas músicas. A cada dia que passa a saudade crava mais forte em meu peito, como se fosse uma estaca pontiaguda em missão de matar-me. Em certas noites como essa, me bate um desespero, uma dor invade meu coração, as lágrimas inundam a face. Onde você está? Onde estás que eu não posso mais sentir-lo? 
   E eu que acreditava que com o tempo a dor diminuiria, a saudade deixaria de existir – que ingênua – nada mudou, apenas aumentou. Ainda dói tanto não poder lhe tocar, não poder te sentir, nem ao menos escutar-te.
Nem em meus sonhos consigo lhe tocar, nem em meus pensamentos consigo lhe sentir. Tenho que contentar-me em ouvir sua voz gravada repetindo sempre a mesma coisa, só assim posso te ter por pelo menos alguns segundos a mais. O que eu faço com essa saudade que fere meu coração? O que fazer com esse amor que está guardado intacto, esse amor que lhe pertence?
Meu maior sacrifício foi deixar-te partir. Pensei que eu seria forte, mas vejo que não sou. Não sei mais o que fazer, gastei todas as minhas alternativas e de nada resolveu. Preciso de ti, nem que seja apenas para te ver de longe do outro lado da rua, saber se está bem, inteiro mesmo sem mim.
Volto sempre ao mesmo lugar em que me deixou com a esperança que esteja a me esperar, mas você nunca está. Destruo-me em pensar que posso nunca mais te ver… Eu e você formávamos um plural tão cheio de luz, luz que iluminava as noites sem lua, aquelas onde até as estrelas se apagava para nos ver brilhar. Eu, apenas eu sou um pronome tão sozinho, solitário cheio de saudade no pronunciar, sem brilho, sem chão, necessitando de uma noite de luar toda estrelada para clarear minha noite escura para que assim eu possa te ver quando você chegar, como um beija-flor ao voltar para seu jardim. E por te amar tanto assim tive que deixá-lo partir, mesmo sabendo que sofreria e talvez não suportasse tal ausência.
Para aquele que por amor protegi o nome em um codinome Beija – flor



Amannda Vitorino.