segunda-feira, 9 de julho de 2012

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Não, não é que eu tenha desmoronado. Não é como se, de uma hora para a outra, todos os vazios tivessem ganho vida. Não, não é como se eu não soubesse o que fazer, como se eu estivesse perdida. É só que, depois de dias de calmaria, o vento decidiu bater minhas portas, escancarar as janelas, e ir embora outra vez. E eu fiquei aqui, sem ar, sem janelas, trancada em mim.E essa solidão dá tanto medo, tanta raiva. Me sinto tão impotente, tão a um passo de inexistir, a um passo de desmoronar, a um passo de esquecer, a um passo de não ter, de não ser nada. A um passo de não me importar mais, de sussurar que o corpo é meu, a pele é minha. De marcar e remarcar, de confiar na doce sensação de existência, de ter algo, de ter memórias cicatrizando.

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