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Sempre tão só, já devia ter aprendido a lição. Eram inúmeras as mágoas, as dores, a falta, os buracos em seu coração. Mal podia respirar, aquela nostalgia ia dando nós em sua garganta, sufocando e aos poucos matando-a por dentro. Lágrimas vazias e involuntárias afogavam seus pequenos olhos nos quais antes havia tanto brilho (…) Buscava-os em todos os cantos tentando ser entendida, tentando achar uma saída, procurava desesperadamente aqueles que um dia a confortaram, que sempre -ou quase sempre- estiveram ali. Procurava mas não achava, não haviam se quer sombras (…) Eles a deixaram.


Catharina Lustosa -Adorável Solidão